MANTEIGAS, CORAÇÃO DA SERRA DA ESTRELA
em memória de meus pais que me fizeram nascer numa terra tão bonita

terça-feira, 29 de maio de 2012

OUTRAS VISTAS 1

Olho daqui e dali, sempre vejo coisas diferentes... e gosto!







A NATUREZA E EU

O deserto terá, também, a sua beleza. Mas eu sinto-me deslumbrado pela riqueza que cresce do solo, mais ou menos verde, tenha a cor que tiver! Por isso me sinto bem no meio desta vegetação quase cerrada que cobre este cantinho que é o CORAÇÃO DA SERRA DA ESTRELA. 
Não resisto a ficar a olhar e, depois, a levar comigo nas fotografias que faço.















VALE DE AMOREIRA

A mais recente freguesia do Concelho de Manteigas, Vale de Amoreira, é ela, também, uma pequena pérola neste Vale do Zêzere que, aos poucos, se vai alargando, até criar férteis várzeas.
Entre o Rio e o arvoredo, Vale de Amoreira é um local pacato, gentil e acolhedor.








segunda-feira, 28 de maio de 2012

A MARAVILHA ROUBADA

Veja-se de onde se vir, o VALE GLACIAR DO ZÊZERE é a maravilha incomparável que a imagem mostra: um perfil inconfundível, um autêntico capricho da Natureza, daqueles que dificilmente Ela repete!






SAMEIRO

Contavam-me, quando eu era ainda criança, que os invasores franceses não terão ido mais adiante, onde criam não haver mais nada. Por isso lhe terão chamado Povo Cimeiro. Não sei se é esta a verdade e a origem do nome desta simpática aldeia de xisto que sempre foi parte do Concelho de Manteigas.
Ao contrário da Sede do Concelho, situada na zona granítica, Sameiro encontra-se na zona xisto-grauváquica da Serra da Estrela
É uma terra de gente agradável e trabalhadora que presta uma particular homenagem à Santa da sua devoção, Santa Eufêmea, que eu conheço desde muito menino quando, com a minha avó Graça ali ia para casa do Sr Padre Zacarias, por altura da sua festa!
É pena terem desaparecido tantas casas antigas de xisto que a modernidade foi substituindo por outras de paredes caiadas e, depois, até de betão e tijolo...
Mas continua linda esta aldeia onde me encantam, ainda, os pequenos campos cultivados junto à ribeira que a atravessa para, depois,  se juntar ao Rio Zêzere.












 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A ROTA DO GLACIAR

É na zona dos Cântaros e da Torre que a Serra da Estrela atinge as suas maiores altitudes, próximas dos 2.000m.
A partir daqui se deslocaram os glaciares que moldaram a paisagem deslumbrante que ali se pode admirar, em particular esse fenómeno único que é o Vale Glaciar do Zêzere o qual, no seu troço alinhado, com mais de 12.000m de comprimento na direcção sudeste-nordeste, é o mais extenso em toda a Europa.
Tem o perfil característico dos vales moldados pela deslocação de glaciares, o perfil U que ali apresenta uma perfeição admirável, tornando-se o centro de uma paisagem deslumbrante, também ela única no nosso Continente.
O planalto superior da Serra da Estrela, para além de uma beleza digna de ser apreciada é, também, um local cuja importância levou o Conselho da Europa a classifica-lo como uma Reserva Biogenética, É, também, protegido ao nível da Convenção Ramsar, um tratado internacional que regula a cooperação nacional e internacional para a conservação e uso das terras húmidas e dos seus recursos. São 10 mil hectares nos quais se inclui a parte superior do Vale Glaciar do Zêzere, onde se encontram espécies vegetais que resistiram à glaciação.
As fotografias começam por mostrar a zona planáltica onde são visíveis algumas das espécies vegetais referidas, tendo, ao fundo, o recorte inconfundível dos Cântaros, o raso, o magro e o gordo que delimitam um recanto único que é o Covão da Ametade!
Ali começa o Vale que, pouco depois, inflecte para a direcção Sudeste-Nordeste que o leva até Manteigas.
Do conflito entre dois escorregamentos resulta uma sobreelevação característica, o “Espinhaço de Cão”.
Em Manteigas o Vale alarga, formando o que, por todas as razões, é o CORAÇÃO DA SERRA DA ESTRELA.